Coaching

Leitura Coaching - Menina de Ouro (Million Dollar Baby)

EMOCIONANTE!

Acredito que essa seja a melhor palavra para descrever esse filme.

Já assistiu?

Das 7 indicações que teve ao Oscar, ganhou 4: melhor filme, melhor diretor, melhor atriz e melhor ator coadjuvante. Só de falar isso já dá uma vontade de assistir, não é?

Pois bem, continue acompanhando o texto e permita que essa vontade aumente ainda mais na medida em que vamos falando sobre sua relação com o Coaching!

Menina de Ouro (Million Dollar Baby)

Resolvi trazer esse filme hoje por um motivo bem específico que é a forma como os personagens de Clint Eastwood e Hilary Swank agem respectivamente como Coach e Coachee fazendo bem um para o outro.

Se tivesse uma frase para descrever esse filme eu diria que é a sétima lei de Milton Erickson: há poder no intercâmbio da vulnerabilidade.

Nunca fiz o que vou fazer hoje, mas resolvi trazer a sinopse escrita no site adorocinema por tratar perfeitamente dos pontos que eu gostaria de adotar aqui:

"Frankie Dunn (Clint Eastwood) passou a vida nos ringues, tendo agenciado e treinado grandes boxeadores. Frankie costuma passar aos lutadores com quem trabalha a mesma lição que segue para sua vida: antes de tudo, se proteja. Magoado com o afastamento de sua filha, Frankie é uma pessoa fechada e que apenas se relaciona com Scrap (Morgan Freeman), seu único amigo, que cuida também de seu ginásio. Até que surge em sua vida Maggie Fitzgerald (Hilary Swank), uma jovem determinada que possui um dom ainda não lapidado para lutar boxe. Maggie quer que Frankie a treine, mas ele não aceita treinar mulheres e, além do mais, acredita que ela esteja velha demais para iniciar uma carreira no boxe. Apesar da negativa de Frankie, Maggie decide treinar diariamente no ginásio. Ela recebe o apoio de Scrap, que a encoraja a seguir adiante. Vencido pela determinação de Maggie, Frankie enfim aceita ser seu treinador."

Bom, acredito que fique bem claro a vulnerabilidade que existe entre Frankie e Maggie, não é? Vamos falar um pouco mais disso...

Vulnerabilidade

Muito já ouvi falar sobre esse termo ao estudar Milton Erickson, na mesma proporção eu vi as pessoas terem dúvidas sobre o que é esse tal poder em compartilhar seu lado mais vulnerável.

Se você é uma dessas pessoas, assista esse filme.

A ligação que existe entre o treinador e a boxeadora é tão intensa, mas tão intensa que chega a ser perceptível a necessidade que ambos têm em continuar essa relação. Não é simplesmente mais um treinador ou mais uma atleta, mais um Coach ou mais uma Coachee, é uma relação que se fez através da vulnerabilidade mais profunda de cada um.

Por um lado, Maggie era determinada, motivada e acreditava que podia "chegar lá", ser uma boxeadora.

Será que ela acreditava de verdade?

Será que não existia uma dúvida por menor que fosse?

Será que os pontos levantados por Frankie com relação a sua pessoa não afetavam em nada a sua confiança?

Será que, talvez, isso não tenha a motivado e feito uma atleta ainda melhor?

Por outro lado, Frankie era desgostoso da vida em função da filha estar afastada e se fechou por conta disso.

Será que não era ele quem precisava treiná-la para se superar?

Será que treiná-la era apenas um pretexto para retomar uma relação que pudesse suprir um pouco da falta da filha?

Será que ele viu nela a determinação que de repente gostaria de ter para superar suas mágoas?

Será que, talvez, tudo isso não fez dele o melhor treinador que ele poderia ser?

Vejam como levantei dois pontos vulneráveis de ambos que podem ter sido os grandes protagonistas dessa forte relação, mas que ao mesmo tempo poderiam ser os maiores motivos que os levaram ser bem sucedidos até ali.

Convido você a pensar na sua vulnerabilidade, qual é? Como você pode usá-la a seu favor? Como reduzir as possibilidades de que ela venha a atrapalhar?

Motivação

Rapidamente, antes de finalizar, quero abordar o tema motivação.

É claro que uma das maiores características desse filme, talvez a maior, seja a motivação, afinal Maggie é um exemplo disso e Frankie sabe como tirar ainda mais motivação dela e se seus atletas.

O tempo todo isso é aguçado através de perguntas que co-relacionam o objetivo de atleta ao objetivo de vida, aliando técnica à controle emocional, se aproveitando da relação que eles criaram para tornar isso possível.

O Coach deve fazer isso, primeiro criar uma relação entre ele e seu Coachee que o permita entrar na sua zona de conforto sem parecer um intruso, com intuito de modificar os padrões limitantes que o impedem de dar o melhor se si.

Nesse caso essa relação foi criada naturalmente pela vulnerabilidade de ambos, porém ela pode ser natural de outra maneira, contanto que o Coach aplique as técnicas de aproximação, como o Rapport, de forma adequada.

Conclusão

Assistam o filme.

Sim, faça isso e realmente se deixe entrar na vivência de ambos.

Ouse entender o que ambos estão sentindo de si mesmos e um do outro.

Permita-se também se conectar com as suas vulnerabilidades e pense quem do seu convívio tem ajudado com isso e quem você também pode ajudar com essa experiência.

Permita-se dar o melhor de si mesmo naquilo que considera uma fraqueza e faça disso, talvez, a sua melhor qualidade.

Último convite: venha conhecer as minhas vulnerabilidades, marque uma sessão de Coaching comigo!

Grande abraço!

Amo você

Coach Tiago Oliveira

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