O que aprendi de novo?

No âmbito da Pós-Graduação TIC em Contextos de Aprendizagem na disciplina de Técnicas e Dinâmicas na Condução de Grupos foi indicado a realização de um trabalho final. Desta forma optei pela realização de um Blog onde seleccionei e coloquei informação relativa ao tema escolhido, “Coaching”.
Nesta disciplina várias temáticas foram abordadas nomeadamente: MPPO – Metodologia de Planeamento de Projectos por Objectivos; Liderança; Assertividade; Avaliação da Formação e Liderança: A Dimensão Pessoal e Relacional. Destes temas o que seleccionei para abordar foi “Liderança: A Dimensão Pessoal e Relacional-Coaching”.
Assim irei abordar o que aprendi de novo após o estudo dos “Princípios Coaching aplicados à liderança escolar, visto que este foi o tema que seleccionei para abordar no meu Blog.
O Coaching tal como cita Celso Pais “ Coach é a arte de tornar o outro autónomo”, desta forma é um processo extremamente importante na vida pessoal e profissional de qualquer indivíduo, visto que lhe permite o desenvolvimento de um conjunto de técnicas que o ajudam a alcançar metas e a aperfeiçoar competências, capacidades, autoconfiança, motivação e atitudes.
Sendo assim, ajuda-nos a identificar com melhor precisão as nossas reais necessidades e igualmente as necessidades dos outros.
Na sociedade em que vivemos os resultados que todos os profissionais alcançam adquirem um carácter bastante importante, não só para a sociedade mas também para o próprio profissional. Desta forma a aprendizagem de técnicas de desenvolvimento pessoal, nomeadamente para os Docentes, é essencial para o seu bom desempenho nas aulas, assim como, ajudam a estabelecer e a construir de uma forma adequada a relação entre Professor/aluno.
Para que o processo Coaching aplicado à liderança escolar se suceda são necessárias várias etapas pelas quais o coachee tem de passar, designadamente: a fase da dependência à independência; da ignorância à compreensão; da utilização de competências superficiais à utilização de competências mais profundas e por fim a fase da previsibilidade à aceitação da ambiguidade e do risco.
A fase da dependência à independência consiste na fase de aquisição de competências em que a confiança e o maior sentido de controlo e autonomia relativamente a novos desafios e responsabilização são desenvolvidos.
A segunda fase, “da ignorância à compreensão”, em que o desenvolvimento de competências incutirá uma maior visão e compreensão do contexto de trabalho, assim como a conferir efeitos positivos na satisfação e motivação da pessoa (coachee). A fase seguinte consiste na ampliação das competências que irá ministrar a capacidade de lidar com a complexidade e a profundidade. Desenvolver os conhecimentos e as competências permite afastar-se da necessidade de prever tudo e tolerar ambiguidades e riscos que são desenvolvidos na “passagem” da previsibilidade à aceitação da ambiguidade e do risco.
No processo de Coaching a metodologia empregue consiste em identificar ou criar oportunidades; implementar um ambiente favorável e adoptar uma atitude de ajuda; tomar atitudes e utilizar técnicas adequadas ao Coaching; definir objectivos de aprendizagem e de melhoria; ajustar um plano de acção; rever o progresso e proporcionar ajuda e, igualmente, rever e confirmar a nova aprendizagem.
No que concerne às técnicas de comunicação patentes, estas subsistem em: prestar atenção e escutar, fazer perguntas, gerar alternativas e fazer sugestões e dar “feedback”. Relativamente à técnica de prestar atenção e escutar, estas estão interligadas à empatia e à descentração. A descentração e empatia são bastante importantes visto que reenviam para a dialéctica relacional da identidade/alteridade, acentuando mais a relação que o eu mantém com o outro, do que sobre o outro propriamente dito. Há uma necessidade de educar para a empatia na relação com o outro, tendo como finalidade integrar a alteridade no centro da perspectiva sobre si mesmo, assim como a abordagem empática não se deixa assemelhar nem a um conhecimento dedutivo abstracto, nem a um intuitivismo impressionista. Ela representa uma intenção cognitiva, uma vontade participativa, um esforço imaginativo, uma tentativa de previsão ou de antecipação.”
O educador deverá assumir toda a sua relação na perspectiva de uma hermenêutica dia-tópica (viver com um pé na cultura e valores do outro e outro pé nos seus próprios valores), em que este tem de possuir uma capacidade de distanciamento – pela faculdade da descentração – do seu chão histórico e simbólico para poder olhar o do outro e fomentar essa mesma atitude na equipa. Desta forma a importância da descentração é notória na técnica de comunicação no Coaching.
Em todo o processo de Coaching para complementar a metodologia, as técnicas de comunicação, as atitudes e comportamento de apoio assim como, atitudes e comportamentos prejudiciais são consideravelmente relevantes. Relativamente às atitudes e comportamentos de apoio estas consistem em: mostrar verdadeiramente preocupação, assim como estabelecer relação de ajuda; influenciar o acompanhado, coachee, com o objectivo aumentar a autonomia, para que desta forma este tome as suas próprias decisões; reforçar de forma positiva o sucesso para que o coachee se sinta encorajado para tomar iniciativas pró-activas; adoptar um estilo participativo em que o acompanhamento em todas as etapas esteja presente; os pontos fracos existentes no acompanhado devem ser tomados em linha de conta e deverão ser exploradas formas de os ultrapassar e permitir que o acompanhado tenha a possibilidade de desenvolver os limites das suas aptidões a partir de novos desafios e objectivos.
No que diz respeito às atitudes e comportamentos prejudiciais do coache no processo Coaching estes baseiam-se em mostrar-se demasiado controlador e directivo, ou seja falar mais do que escutar e deixar poucas oportunidades para que o acompanhante fale; criar dependência, quer esta seja imposta através da imposição de soluções, assim como sugerir ideias ou percursos com rapidez excessiva; dar “feedback”, mas em que os pontos fracos e as falhas são mais realçados em relação ao que de sucesso foi alcançado; ser demasiado crítico e não considerar relevante as opiniões do acompanhado; provocar discussão com o acompanhado, para que um bom ambiente esteja presente, assim como não ser objectivo e envolver-se na situação.
Desta forma o processo Coaching deve ser um processo que deve orientar o acompanhado a traçar as suas metas e objectivos a alcançar, não sendo estes uma situação ocasional mas sim na sua vida pessoal e profissional, desta forma “Dá um peixe a um homem e alimentá-lo-ás durante um dia, ensina-o a pescar e alimentá-lo-ás para toda a vida.” (provérbio chinês)

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