A jovem mulher estava no final de suas forças.
A viagem havia sido longa e cansativa.
Não havia vagas nas hospedarias e, mesmo que houvesse, o dinheiro era pouco.
Por generosidade de um senhorio, ela e seu marido receberam como abrigo uma estrebaria, a fim de que, ao menos, não passassem a noite ao relento.
Recostada sobre um amontoado de feno e tecidos velhos que se improvisaram em modesta cama, a flor de seu ventre desabrochou em luz e ela O tomou em seus braços, trazendo-O para perto de seu coração.
Então, as palavras do emissário do Senhor ressoaram em sua alma uma vez mais: Não temas, Maria. Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado filho do Altíssimo.
* * *
O médico fazia sua ronda nos diversos quartos do hospital.
Feliz Natal! - Desejava ele aos seus pacientes, pois aquele era o esperado vinte e cinco de dezembro.
Tal felicitação era mais uma questão de educação, pois o médico, em toda sua vida, nunca se considerara um homem de fé. Embora respeitasse todos os credos, Deus nunca passara de uma incógnita para ele.
De forma súbita, porém, a paz e a quietude da instituição foram quebradas por um alvoroço que vinha da recepção.
O médico, rapidamente, se dirigiu para lá, a fim de tomar conhecimento do que estava ocorrendo.
Era um taxista que discutia, de forma veemente, com a recepcionista do hospital.
Em seu carro estava uma moradora de rua, que ele encontrara em uma calçada. Ela estava prestes a dar a luz.
Todavia, aquele era um hospital particular e, sem o pagamento antecipado, a recepcionista não poderia permitir a admissão da gestante.
O médico, percebendo a gravidade da situação, tomou a frente do caso e, dando ordens à sua equipe, pediu para que internassem a mulher e se desse andamento aos procedimentos. Ele mesmo faria o parto.
Logo mais, nascia um lindo e saudável menino.
Olhando para o recém-nascido, o médico se sentiu profundamente emocionado.
Tomando-o em seus braços, ele se recordou do pouco que sabia acerca do nascimento do Mestre Nazareno.
Lembrou-se de que, assim como aquela criança, Jesus nascera muito pobre e, contudo, realizara grandes prodígios.
Ele pouco compreendia o Rabi Galileu, mas, quando olhou para o pequeno, viu nele o rosto do outro menino, o que nascera em Belém. E pareceu-lhe que o Cristo lhe estava sendo apresentado.
Naquele instante, fez-se Natal em seu coração.
* * *
Há muito mais para o Natal do que a luz das velas, majestosos banquetes e presentes.
Para o inimigo, o perdão. Para o oponente, a tolerância. Para a família, a gentileza. Para o próximo, o amor. Para o necessitado, a caridade. Para os que partiram, a oração. Para o mundo, a paz. Para Jesus, o coração.
Assim, de cada ato nascerá o Cristo e a voz dos mensageiros celestes eternamente ecoará nas profundezas de nossas almas: Glória a Deus nas alturas. Paz na Terra. Boa vontade para com os homens.
Redação do Momento Espírita.
Em 18.12.2013.
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